O objetivo do aplicativo ComuniCAA é promover inclusão e acessibilidade por meio de uma prancha digital interativa, desenvolvida com base em estudos e práticas da comunicação alternativa para auxiliar crianças autistas não verbais na interação com familiares, educadores, profissionais da saúde e cuidadores em diferentes contextos do dia a dia.
Em 2023 o professor Roberto Alencar criou o grupo de pesquisa CAUTA, voltado ao estudo e aplicação de
Tecnologias Assistivas para pessoas com necessidades especiais.
A partir desta iniciativa, projetos surgiram como soluções de acessibilidade para pessoas cegas,
aplicativos educacionais para pessoas com TDAH e soluções de melhoria da comunicação e qualidade de vida
de pessoas que estão dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O CAUTA (Computação Aplicada ao Uso de Tecnologias Assistivas) é um grupo de pesquisa do Instituto
Federal de Pernambuco - Campus Jaboatão dos Guararapes, que tem como foco usar a tecnologia para tornar
o mundo mais acessível e inclusivo. O grupo desenvolve projetos voltados para indivíduos
neurodivergentes, buscando soluções que realmente façam diferença no dia a dia de quem precisa de apoio
para se comunicar, interagir ou aprender.
Um dos projetos mais recentes do grupo é o ComuniCAA, um projeto que teve como resultado o
desenvolvimento e disponibilização gratuita de um aplicativo para tablet que segue conceitos da
Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), para ser utilizada por pessoas não verbais ou minimamente
verbais.
O app funciona como uma prancha de comunicação digital que usa imagens, sons e outros recursos para
apoiar a expressão de sentimentos, desejos e necessidades. Tudo feito com base em pesquisas atualizadas
e, principalmente, com foco nas pessoas que vão usar essas ferramentas.
Além do ComuniCAA, o grupo também desenvolveu o VocalizeAI, que é um projeto que busca compreender melhor as vocalizações não
verbais de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialmente aquelas que são minimamente
verbais. Nesta fase, o foco está na coleta dessas vocalizações, com o objetivo de treinar modelos de
inteligência artificial que, no futuro, possam classificar esses sons e auxiliar na criação de
ferramentas que ajudem na comunicação. A ideia é transformar essas classificações em algo útil para
familiares, cuidadores e profissionais de saúde, oferecendo mais compreensão sobre o que essas
vocalizações podem estar expressando.